Automutilação entre adolescentes de Vianópolis assusta… Confira relatos de casos ocorridos em nosso município

Recentemente, nossa reportagem foi procurada por uma professora que nos informou que, em uma determinada escola de Vianópolis, dois casos de jovens que estavam machucando o próprio corpo, propositadamente, tinham sido identificados pela diretora. Ela disse estar preocupada com a situação e pediu que fizéssemos uma matéria sobre o assunto, buscando alertar pais e também educadores.

Os casos de automutilação entre jovens vianopolinos são em número bem maior do que a professora imaginou, conforme levantamento feito por nossa reportagem junto a diretores de escolas de nosso município. O índice crescente de automutilação surpreende e preocupa educadores.

E os motivos que levam jovens a machucarem o próprio corpo são os mais variados.

Em uma escola de Vianópolis, a diretora descobriu que uma adolescente estava se cortando em partes do corpo que ficam tampadas pelas roupas que usava, pois havia sido vítima de abuso sexual de alguém do círculo familiar. Os pais não conseguiram identificar o problema, que só foi descoberto na escola.

Já um adolescente de 13 anos, também estudante de uma escola de Vianópolis, estava se cortando após aceitar um desafio de uma colega de classe.

Em outro caso relatado à nossa reportagem, uma jovem de 15 anos estava se cortando com o uso de um estilete após seu pai negar lhe dar um smartphone.

Já outra adolescente de 14 anos confessou à sua professora que se automutilava, pois sua mãe não a deixava namorar.

Para tampar os cortes em seus corpos, os adolescentes usam blusas de frio, mesmo com altas temperaturas nas dependências das escolas. Geralmente, eles se automutilam fechados em seus quartos, quando os pais saem ou estão dormindo, usando tesouras, giletes, estiletes e até clips.

Nossa reportagem procurou a psicóloga vianopolina Luciana Alves de Oliveira para falar sobre o assunto. Na entrevista, ela diz que a automutilação acontece entre jovens e adolescentes, principalmente adolescentes, quando a fase de transformação está em evidência.

Luciana enumerou várias possibilidades que possam estar ocorrendo com quem pratica a automutilação, como uma dor emocional, punição a outra pessoa, uma depressão, uma ansiedade, assédio ou abuso sexual, além da epidemia da internet com a aceitação de um desafio.

Os pais ou responsáveis, segundo Luciana, devem ficar atentos ao comportamento de seus filhos e nas roupas que estão vestindo, principalmente nas blusas de mangas longas, que podem estar sendo usadas para tampar cortes.

Na entrevista, Luciana orienta que, ao descobrirem a prática da automutilação em seus filhos, os pais devem ter atitude acolhedora, sem cobrança, buscando saber das causas e dar apoio para que as dificuldades sejam superadas. Em último caso, devem procurar um profissional para dar apoio para que os jovens ou adolescentes superem o problema.

Na escola, os educadores devem realizar campanhas de esclarecimentos e, de imediato, levar os casos identificados ao conhecimento dos pais.

 

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