Juíza de Vianópolis atribui fuga de presos da Unidade Prisional a omissão do Estado de Goiás

Entrevistada por nossa reportagem, a Juíza de Vianópolis, Marli de Fátima Naves, deu mais detalhes sobre a fuga dos detentos da Unidade Prisional de nossa cidade, ocorrida na tarde de ontem,06.

Ela informou que os detentos, usando pedaços de segueta, serraram a grade, e, em seguida, no pátio do banho de sol, usando lençóis, subiram no muro e conseguiram fugir.

No momento da fuga, segundo a juíza, um casal de agentes penitenciários estava na Unidade, que não contava com nenhuma viatura no local.

Ela disse que o sistema de monitoramento não está funcionando e que ela e membros do Conselho de Execução Penal, presidido pela advogada Marina Soares, realizaram reunião no último dia 31 de dezembro, quando decidiram reinstalar o sistema que foi instalado pelo próprio conselho. No entanto, estão sendo encontradas dificuldades para a contratação de um profissional de nossa cidade para a reinstalação do sistema.

A juíza esclareceu que os recursos já estão disponíveis e que, nos próximos dias, o sistema voltará a funcionar.

Marli de Fátima Naves não soube informar se a cerca elétrica estava ou não funcionando. Ela disse que o funcionamento da mesma deveria ser conferido, com frequência, pelo pessoal da Unidade Prisional.

A juíza de Vianópolis disse as falhas são fruto da falta de treinamento dos agentes penitenciários, de um plano de carreira para os mesmos, assim como a falta de viatura na Unidade Prisional de Vianópolis.

Marli de Fátima Naves disse que é notória a falta de assistência penitenciária em Goiás. Por isso, afirmou que a fuga de ontem (06) se deve à omissão do Estado, que não tem aparelhado o sistema penitenciário para evitar fugas como a que aconteceu em Vianópolis.

Segundo Marli de Fátima Naves, está havendo omissão do Governo Estadual, que não oferece nem mesmo condições para a transferência de presos para outras unidades com mais segurança do que a de nossa cidade.

A magistrada afirmou que dois dos quatro presos, Damião e Marco Túlio, não deveriam estar recolhidos na Unidade de Vianópolis, mas em presídios com maior segurança, e finalizou informou que vários contatos foram feitos com autoridades do Sistema Penitenciário do Estado tentando a transferência dos mesmos. No entanto, seu pedido não foi atendido.

Ao ser indagada se ela tinha informações sobre a entrada de pedaços de segueta e até mesmo, possivelmente, de celulares na Unidade Prisional, Marli de Fátima Naves respondeu dizendo que acredita que certamente entraram durante as visitas.

Os celulares, segundo a juíza de Vianópolis, muitas das vezes, são levados por mulheres, que os colocam em suas genitálias, pois não existe aparelho detector de metais para ser usado a fim de  coibir a entrada de materiais ilícitos no presídio.

Mais uma vez, ela atribui esta situação à deficiência do sistema penitenciário do Estado.

1 comentário em “Juíza de Vianópolis atribui fuga de presos da Unidade Prisional a omissão do Estado de Goiás”

  1. Só sei que na minha opinião e opinião de Cidadão é nada hoje em dia, presidio tem que ser fora do centro da Cidade… e mais coloca esses presos para trabalhar com uma corrente e uma bola no pé como nos Estados Unidos, Trabalhar para manter o seu sustento , ai sim eles não vão ter tempo de ficar estudando como cometer crimes la de dentro pra fora e nem fugas…. Esse presidio aqui no Centro coloca em Risco muita gente inocente.

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