COMO FOI A DIFÍCIL MISSÃO DE FRANK: AVISAR SUA MÃE DO ASSASSINATO DE SEU IRMÃO ADRIANO

Por Olívio Lemos

Muito choro misturado com nervosismo na missão de um filho ao comunicar sua mãe, que seu irmão havia sido assassinado em um bar de Vianópolis na tarde da última sexta-feira, 23/12.

Na minha vida de repórter, já presenciei fatos que me comoveram. No entanto, na tarde da última sexta-feira, tive a desagradável oportunidade de presenciar um momento difícil para um jovem de 21 anos de idade, natural de Vargem Grande, Estado do Maranhão, que veio para Goiás em busca de trabalho.

Ao chegar ao Hospital e Maternidade São Sebastião, o médico Lourival Lobo me autorizou a adentrar a sala onde estava Frank junto ao corpo de seu irmão, morto por um atirador.

Frank, no primeiro momento, falou comigo rapidamente e fez uma ligação para seus familiares que estavam em Vargem Grande (Maranhão).

Pouco mais de uma hora após o ocorrido em um bar do Bairro São José, Frank deu início ao comunicado mais triste de sua vida. Ele informou à sua mãe, que seu filho, Adriano, havia sido morto por um atirador.

Repetindo sempre que não estava sendo fácil, Frank, soluçando, passava detalhes do que aconteceu. Ele contou que o atirador não era conhecido de seu irmão e muito menos dele e de João Paulo Miranda da Silva, seu amigo, que foi baleado no braço.

Era possível ouvir, do outro lado da ligação, o choro da mãe e dos demais familiares, ao receberem a triste notícia.

Em um determinado momento, Frank perguntou a uma de suas irmãs se queria que fizesse uma chamada de vídeo para mostrar o corpo de seu irmão, mas ela respondeu que não era preciso.

Ao terminar a ligação, Frank conversou comigo e relatou o que realmente aconteceu no bar.

Segundo Frank, seu irmão Adriano, ele e seu amigo João Paulo estavam trabalhando em duas empresas de Vianópolis. Por volta do meio dia, chegaram ao bar que fica no Bairro São José e sentaram. Poucos minutos depois, chegou o atirador Ruan Marcelino dos Santos conversando com eles e dizendo que estava armado, tendo, inclusive, mostrado a arma.

Adriano estava de costas para a rua, enquanto que ele e João Paulo estavam de frente, sentados em cadeiras. De repente, sem nada dizer, o atirador foi para o meio da rua e disparou vários tiros contra eles, sendo que a maioria atingiu Adriano nas costas e um acertou João Paulo no braço direito. Frank não foi atingido.

Agora, Frank, que se encontra em Vianópolis, aguarda para hoje, 26/12, a liberação do corpo de Adriano pelo IML de Anápolis para levá-lo para o Maranhão, onde será sepultado.

Outra missão difícil será aguardar vários dias para entregar seu irmão morto para sua mãe.

Neste momento, o que me resta, assim como a você que acaba de ler esse texto, é pedir a Deus que conforte essa família que enfrenta uma tragédia.

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