Justiça condena ENEL a indenizar esposa e filhas de fazendeiro vianopolino que morreu eletrocutado

A Celg Distribuição S/A, hoje Enel, terá que indenizar a família do fazendeiro vianopolino Elton Antônio Guimarães, que morreu eletrocutado no dia 10 de setembro de 2015, aos 50 anos de idade, ao tentar apagar um incêndio em uma palhada na região da Extrema.

Elton morreu eletrocutado, uma vez que havia um cabo da rede de alta tensão da Celg caído sobre a cerca. Ao tocar em um dos arames da cerca que estava eletrificada, o fazendeiro faleceu.

A mulher e as duas filhas de Elton receberão, cada uma, indenização por danos morais arbitrados pela juíza de Vianópolis, Marli de Fátima Naves, em 200 mil reais.

A esposa receberá, ainda, por danos materiais, na forma de pensão mensal, o valor de R$ 2.871,16, a partir do dia 10 de setembro de 2015, na fração de 2/3 da média remuneratória da vítima, até a data em que o seu marido completaria 74 anos de idade.

Na ação impetrada na Justiça, a família pleiteou indenização por danos morais em mais de 1 milhão e 100 mil reais.

Em sua defesa, a empresa alegou que o fato ocorreu por culpa exclusiva da vítima ou de terceiros, notadamente porque a cerca, que não tinha seccionamento, poderia ter sido construída somente fora da área de segurança da servidão administrativa. Para a empresa, além disso, a vítima agiu com extrema imprudência ao tentar combater o incêndio, pois deveria ter acionado o Corpo de Bombeiros.

A juíza Marli de Fátima Naves, em sua sentença, observou que houve omissão da companhia, seja em razão da falta de manutenção da rede elétrica de alta potência, ou mesmo na ausência de equipamento de proteção que pudesse desligar o circuito da linha de transmissão após o rompimento do cabo.

De acordo com a advogada Letícia Layse de Souza Rodrigues, a família de Elton Antônio Guimarães recorreu da decisão, por não concordar com os valores fixados quanto à indenização por danos morais.

E nossa reportagem descobriu que a Enel também recorreu da decisão da magistrada vianopolina.

Nos próximos dias, o recurso deve ser enviado para o Tribunal de Justiça de Goiás. Caberá aos desembargadores manter a sentença, aumentar ou diminuir os valores fixados pela juíza Marli de Fátima Naves.

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