Dia Internacional da Mulher… Vianópolis tem pouco para comemorar e muito para chorar

Hoje, Dia Internacional da Mulher, é a data que simboliza a busca de igualdade entre homens e mulheres.

A data é percebida por muitos como um momento festivo, no qual se distribuem flores e mensagens que ressaltam a importância da mulher na sociedade. Mas, infelizmente, as mulheres de Vianópolis não têm muito a comemorar, a exemplo do Brasil que, no ano passado, contabilizou a morte de 4.473 mulheres.

Uma mulher é assassinada a cada duas horas em nosso país. Nos dois últimos anos, nossa cidade passou a fazer parte destas tristes estatísticas: duas mulheres foram assassinadas por seus companheiros.

No início de outubro de 2016, em uma residência no Setor Santo Agostinho, a linda jovem Caillane Raquel Marinho, na época com 27 anos de idade, foi morta por seu companheiro, Diego Henrique Lima.

O crime chocou a cidade e deixou familiares e amigos indignados com o ocorrido.

Diego conseguiu liberdade meses depois de ser preso e aguarda o julgamento em liberdade.

Meses depois, exatamente no dia 18 de março de 2017, a dona-de-casa de família tradicional de Vianópolis, Romilda de Jesus Pereira, na época com 34 anos de idade, foi morta por seu esposo, João Batista Barrozo, em uma residência do Bairro São José.

João Batista está preso, à espera do julgamento.

Hoje, familiares e amigos esperam pelos julgamentos, a fim de que a justiça seja feita, buscando, acima de tudo, combater e interromper a violência de gênero.

Não só hoje, 8 de março, mas todos os demais dias do ano devem ser dias de luta e enfrentamento às pequenas violências cotidianas tão incorporadas em nossa sociedade: desde o menosprezo à capacidade das mulheres até as diferenças salariais, do assédio sexual no espaço público até o assédio moral no ambiente de trabalho, das pequenas violências simbólicas à violência física.

E para encerrar esta matéria, é sempre importante lembrar de um velho provérbio português: Numa mulher não se bate nem com uma flor.

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ROMILDA

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1 comentário em “Dia Internacional da Mulher… Vianópolis tem pouco para comemorar e muito para chorar”

  1. Olá,
    Em assuntos desta natureza a Comunidade cala-se, não sei se é por medo do agressores que por força da Leis frouxas deste País andam a solta como se nada tivesse acontecido.
    Do outro lado o sofrimento das Famílias que perderam seus filhos (as) nestes atos de extrema covardia.
    Um absurdo a vista de todos.

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