A História do Futebol de Vianópolis… Jogadores Vianopolinos com atuação no exterior

JOGADORES DO FUTEBOL VIANOPOLINO COM ATUAÇÃO NO EXTERIOR

A história do futebol de Vianópolis não se resume só aos campos de terra batida de épocas passadas ou do atual e bonito gramado do Estádio Pé de Ouro. A história inclui passagens no exterior, ou seja, além-mar.

Criados nos campinhos de Vianópolis ou mesmo no tapete verde do estádio municipal, muitos jogadores de nossa cidade tiveram a oportunidade de embarcar num avião, viajar horas e mais horas e desembarcar em outro país para jogar futebol.

O primeiro deles acabou fixando residência nos Estados Unidos, onde se encontra até hoje. A ida dele para a América foi por intermédio do futebol, mas uma contusão o impediu de jogar em um time americano e se consagrar, uma vez que futebol para isso sempre teve. Salvador Fernandes (fotos abaixo) foi o primeiro jogador de Vianópolis a tentar a vida no futebol de outro país.

Na década de 1970, depois de jogar nas equipes de base do Botafogo e Santos, Salvador assinou contrato com o Diplomatas, dos Estados Unidos.

Ele viajou para a terra de Tio Sam, realizou diversos treinos, no entanto, infelizmente se machucou e não teve a oportunidade de atuar pelo time americano. Ficou por lá e hoje reside em Washington, onde é motorista de limousine.

Logo depois de Salvador, outros craques do nosso futebol foram tentar a vida no futebol no exterior.

Jean, hoje chamado de Jean Japão, atuou em diversas equipes do futebol japonês, tendo a oportunidade de conviver e jogar, na época, com craques como Cerezo, Zico e a lenda do futebol japonês, Rui Ramos.

Jean foi para o Japão com 15 anos de idade e ficou na terra do sol nascente por muitos anos.

Hoje, reside em Vianópolis.

Depois de atuar pelo Goiás, Botafogo e até mesmo pela Seleção Brasileira, o jovem Carlos Alberto Santos foi outro Vianopolino a atuar no futebol japonês.

Tento passagem destacada no Shimizu S-Pulse , onde foi campeão por diversas vezes e se tornou um ídolo.

Carlos Alberto Santos também jogou no Kashima Antlers do Japão, clube para o qual trabalha até nos dias atuais.

Seu irmão Cláudio (Cadinho), foi outro vianopolino que foi para longe e atuou como jogador profissional em dois países.

Cadinho esteve um tempo jogando na Arábia Saudita e também no Qatar, depois de diversas temporadas por vários clubes do futebol vianopolino.

Outros jogadores de Vianópolis também jogaram em times do exterior ou em equipes de universidades do Japão.

Rogério Parabólica foi um deles. Filho do grande Adson, goleiro que marcou época em nosso futebol, Rogério esteve uma temporada no Japão.

Abaixo, fotos de Rogério Parabólica quando jogava no Japão.

Bruno Burrego, filho do casal Zé Burrego, ex-jogador do futebol vianopolino, e de Sara, enfermeira que trabalha no Hospital e Maternidade São Sebastião, é outro vianopolino que arriscou a vida no futebol além-mar.

Além dele, Samuel Guimarães, que depois de se destacar ainda jovem em equipes de Vianópolis, foi parar no Japão.

O PRIMEIRO VIANOPOLINO A JOGAR EM UMA SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL

Ele, que nasceu no dia 9 de dezembro de 1960, na cidade de Vianópolis, é o desportista de maior projeção do futebol vianopolino.

Carlos Alberto Souza de Santos, que iniciou sua carreira em campos de futebol de nosso município, jogou em diversos clubes brasileiros e japoneses, tendo conquistado muitos títulos, além de ter sido o primeiro vianopolino a ser convocado para uma Seleção Brasileira.

Carlos Alberto começou sua carreira nos campos de terra da cidade de Vianópolis, tendo atuado, na época, no Vianópolis Esporte Clube, ao lado de grandes craques das décadas de 1950/1950 do futebol vianopolino. Ele jogou, ainda garoto, ao lado de craques jamais esquecidos do nosso futebol, a exemplo de Salvador, Jair da Nega, Samir, Tilino, Gilson, Adson Dorodó, Arnaldo Mattos e tantos outros.

Devido à performance do menino magrinho, habilidoso e de futebol cadenciado e técnico, times da capital começaram a se interessar pela promessa do futebol de Vianópolis.

No começo da década de 1980, Carlos Alberto Santos passou a atuar nas equipes de base do Goiás Esporte Clube. Tempos depois, estava jogando, com destaque, no time titular do Goiás, o que despertou a atenção de equipes nacionais pelo futebol bonito do vianopolino.

Depois de jogar algum tempo pelo Novorizontino Paulista, Carlos Alberto Santos foi contratado pelo Botafogo, do Rio de Janeiro, onde fez história.

Em 1989, fez parte do elenco que realizou uma bela campanha e acabou com o jejum do Botafogo de 21 anos sem títulos. Na final de 89, o Botafogo venceu o Flamengo e conquistou o título do Campeonato Carioca.

Carlos Alberto Santos jogou, posteriormente, mais de 10 anos, no futebol japonês, tendo atuado no Kashima Antlers, Shimizu S-Pulse, Vissel Kobe e Thespa. No ano de 2003, aos 43 anos, ele encerrou sua carreira em território japonês.

Em todos os clubes que jogou, Carlos Alberto Santos sempre foi líder e muito respeitado tanto pelos colegas como pelos treinadores e dirigentes.

Hoje, Carlos Alberto Santos, proprietário de terras em nosso município, divide seu tempo entre Vianópolis e o Rio de Janeiro, onde mora com sua esposa e filhos e tem negócios.

Sempre é visto em Vianópolis fazendo suas corridas e caminhadas, mantendo a forma para poder jogar uma pelada com os amigos.

NA FOTO ACIMA, A EQUIPE DO VIANÓPOLIS, ONDE CARLOS ALBERTO (5º JOGADOR AGACHADO DA ESQUERDA PARA À DIREITA) JOGOU AINDA JOVEM.

Da esquerda para à direita, em pé, estão: Jair da Nega, Zé Perereca, Adson, Júlio, Adalberto, Tilino, Cícero Bandeira, Lauro, Zezé, Zé Bandeira e Sóstenes (Treinador).

Da esquerda para à direita, agachados, estão: Arnaldo Mattos, Samir, Alemão, Capuiru, Carlos Alberto Santos, Digózinho e Hélder Caixeta.

Foto feita na década de 1970, quando a equipe do Vianópolis E.C enfrentou amistosamente o Vila Nova de Goiânia e empatou em 2 a 2. O jogo foi realizado no campo de terra batida que existia próximo onde está edificado o prédio do Supermercado Sacolão.

UMA BOIADA INVADE UM JOGO DE FUTEBOL EM VIANÓPOLIS…

Substituição: Entram bois, saem jogadores e torcida de um campo de futebol de Vianópolis. Este seria o ideal título deste capítulo, mais um, histórico do futebol de nosso município.

E se alguém duvidar que isso aconteceu é só procurar uma lenda do futebol vianopolino, que conhecerá o fato pitoresco, com detalhes.

O grande craque do futebol de Vianópolis, Carlos Alberto Santos, com passagens por Goiás, Botafogo e equipes do futebol do Japão, além de Seleção Brasileira, foi um dos atletas que presenciou o episódio que contaremos a seguir.

O fato aconteceu no campo de terra batida que existia onde hoje ficam o Supermercado Sacolão do Povo e a residência de Divino Rodrigues Gomes, pai do servidor público Márcio Wayne.

Como diriam os narradores de futebol, era uma partida truncada, com disputa acirrada e placar de 0 a 0.

Jogadores e torcedores com atenção dada a um jogo disputadíssimo.

À beira do campo, diversos garotos com suas caixas de isopor vendendo picolés.

Saul do Espírito Santo, que foi comerciante em Vianópolis e hoje está residindo em Brasília, no entanto, estava um pouco mais moderno e já comercializava picolés em um carrinho de duas pequenas rodas, que conservava os produtos “geladíssimos”, que eram fabricados em uma sorveteria de nossa cidade. Sempre foi tradição o comércio de picolés e outros produtos nos campos de futebol.

Aliás, você que está lendo este capítulo, já teve a oportunidade de ir a um estádio de futebol e se refrescar com um picolé. São poucos os que não passaram por isso.

De acordo com Carlos Alberto Santos, que nos relatou o fato pitoresco, o campo estava tomado de torcedores, uma vez que a partida foi aguardada com muita expectativa na semana que a antecedeu.

Diversas mulheres e crianças estavam dentre a grande torcida.

De repente, com o jogo em andamento, o goleiro que estava no gol que ficava para o lado onde hoje está o Lar dos Idosos, parte sul da cidade, deixou sua meta e saiu correndo em busca de abrigo.

Fato estranho numa partida de futebol.

É que naquele momento, alguns peões do saudoso pecuarista José Caixeta estavam tocando uma boiada que iria ser embarcada nas proximidades da Estação Ferroviária de Vianópolis.

Naquele tempo, pecuaristas como José Caixeta, que chegou a ser Senador da República pelo Estado de Goiás, assim como Carlos Alves Ferreira, saudoso Carlos Coco, Manoel Caixeta Filho (Neco Caixeta) e outros, quando vendiam suas boiadas, embarcavam as mesmas nos vagões que faziam o transporte para os Estados de Minas Gerais e São Paulo. Nas proximidades da estação, onde hoje está o Clube K’manequinha, existia um curral, onde os bois eram colocados até o embarque nos vagões da Rede Ferroviária Federal.

Centenas de bois, literalmente, invadiram o campo e, claro, o jogo foi interrompido.

O que se viu, segundo Carlos Alberto Santos, foi todo mundo correndo para não levar chifradas.

Jogadores, torcedores e os vendedores de picolés buscaram abrigo, principalmente, nas poucas residências que existiam naquele tempo, próximas ao campo.

Alguns torcedores chegaram a subir nas traves, buscando proteção.

Passado o susto, como alguns animais defecaram quando passaram pelo campo, a retirada de estrume teve que ser feita para que a partida pudesse ser reiniciada, pois, do contrário, algum jogador poderia escorregar e se machucar.

Felizmente, nenhum boi investiu em jogadores e torcedores. No entanto, caixas de isopor foram quebradas, tombos aconteceram e torcedores sofreram pequenos ferimentos.

É um fato pitoresco que marca a história do futebol vianopolino.

EM FAMÍLIA… IRMÃOS NO FUTEBOL VIANOPOLINO

Costuma-se dizer que o dom para o futebol está no sangue. E, em alguns casos, no sangue de dois ou até mais irmãos.

É o caso, por exemplo, da família Antunes: São três irmãos, Zico, Edu e Antunes, filhos do mesmo pai, que se tornaram jogadores profissionais, com destaque maior para Zico, o Galinho de Quintino, ídolo do Flamengo e da Seleção Brasileira, que também atuou em outros clubes.

Além destes, destacamos Ronaldinho e Assis, que já pararam de jogar profissionalmente; Sócrates, de saudosa memória, e Raí; Richarlyson e Alecsandro, estes dois últimos ainda na ativa.

Para quem gosta de futebol, ter um craque na família é uma grande alegria, principalmente para pais que já jogaram ou ainda praticam o esporte bretão. Agora, quando há mais de um craque na família, a festa é maior ainda.

Em nossa sociedade, diversas famílias deram para o futebol vianopolino mais de um jogador.

Na família do saudoso Boaventura Santos, baiano que se radicou em nosso município e aqui criou seus filhos, nasceram dois craques: um deles chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira de Futebol, dando uma divulgação maior à cidade de Vianópolis. No lar de Ventura e Josefa, nasceram Carlos Alberto e Cláudio.

O primeiro que começou a jogar futebol nos campos de terra de Vianópolis se tornou profissional no Goiás Esporte Clube, tendo depois passagens vitoriosas pelo Botafogo, do Rio de Janeiro, além de diversas equipes do futebol japonês, onde é muito respeitado e tido como ídolo. Carlos Alberto Santos foi o jogador de nosso município que mais se destacou, uma vez que foi o único a ser convocado para a Seleção Brasileira.

Cadinho, seu irmão Cláudio, também se tornou profissional, com passagens por diversos clubes brasileiros e do exterior.

Ambos, já encerraram suas carreiras.

Cadinho reside em Goiatuba, enquanto que Carlos Alberto tem residências no Rio de Janeiro e Vianópolis, onde possui uma propriedade rural.

Na localidade de Caraíba, no lar do saudoso casal Antônio de Souza Lobo Sobrinho e Antônia de Souza Lobo, seis filhos se destacaram jogando futebol em diversas equipes de cidades da nossa região.

Em épocas passadas, Ataídes (Tair), de saudosa memória, e Océlio Lobo jogaram futebol em Caraíba e em diversas cidades da região. Também os irmãos Erci e Edilson Lobo atuaram em diversas equipes da nossa região.

E, por último, Sinésio e Divino Lobo jogaram e jogam por equipes de Caraíba e de cidades da nossa região. Destaque para Sinésio Lobo, meio-campista que atualmente joga em equipes masters de Vianópolis e Silvânia.

Em outras famílias vianopolinas, o número de jogadores chega a quatro irmãos que jogaram ou ainda jogam o esporte bretão pelos campos de nosso município.

Pelo que representaram ou representam para o nosso futebol, merecem ser inseridos neste capítulo.

Do passado, citamos alguns irmãos que jogaram em diversos times de Vianópolis: Everson e Murilo de Souza; Deusrílio, Luiz e Robson Carrijo; Edilson, Ataídes (Tair), Océlio e Erci Lobo, Clarindo e Zé Inácio, Roberto Carlos e Carlos Alberto Meirelles, Antônio e Zé Padre, Nando e Roberto Amorim, Adson, Nenê e Ezinho de Paula; Delson, Gerson e Erson Bastos; Arnaldo e Ivan Mattos; Mané Preto, Adelininho e Dito Saroba, Samir e Geraldo (Preto), Ruimar e Ronaldinho, Ticão, Nerão, Marcão e Fabiano, Antônio Fernandes e Luiz Fernandes , Valdemar, Mário e Paulinho do Armindo, Ituriel, Joel e Ruzil, Itamar e Ivo Roriz, Antônio do Alceu e seus irmãos, Elson, Sebastião, Pedrinho e Zezim, que atuavam pelo time dos Braga.

Destaque para Antônio do Alceu, ponteiro rápido e driblador, que também jogou por outros times, a exemplo da equipe do Estiva, que ilustra este capítulo como foto de uma equipe treinada por Geraldo Vieira.

Na FOTO ABAIXO, feita em 1976, aparecem da esquerda para à direita: Zé Galpão, Merrim, Santin, Antônio Fernandes, Hélder, Valdemar de Melo e Geraldo Vieira (treinador).

Agachados na foto do time da Estiva estão: Antônio do Alceu, Cledson (Baixim), Divino, Luiz Fernando e Itamir Almeida.

Nos últimos anos, muitos irmãos se destacaram ou se destacam em nossa cidade como jogadores de futebol: Hélder, Jales e Silvane Caixeta, Ariovaldo, Julinho e Fernandinho Caixeta, Sílvio e Tião do Paulinho, Zé Carlos e Vilson Corrêa, Sinésio e Divino Lobo, Licão e Leite, Bila, Branquinho e Sapim, Daniel e Davi Ferreira, Leonardo e Eduardo Posse, Ricardo e Cláudio Garrucha, Ronaldo Gás e Isaias, Zé Carlos e Vandinho, Samuel e Rafael Cotrim, Leonardo e Samuel Guimarães, Paulinho e Bosquinho do Dito Tomé, Wesley e João do Hotel, Vandinho e Nei, Rildo e Rubinho, Joãozinho Sereno e Anilson, Zé Reis e Sílvio Passa Raiva, Pedro, Rui, Léo e Sergio Loiola, Genivaldo, Régis e Valdeci(Chocolate), Anselmo e Neto, Sérgio Buiu e Jefferson, Darlan, Dailton e Denilson de Castro, Leonardo e Vinicius Posse, Rafael Jovita e Paulo César, Chevin, Keiran e Luizinho, Anderson e Alisson, Bruno e Marcelo Burrego, Rogério(Forguinha) e Tataca,  Lucas Eduardo e João Gabriel, além de tantos outros.

Alguns, não craques como o irmão, mas que merecem estar neste livro, uma vez que contribuíram ou contribuem de uma maneira ou de outra para o futebol de nosso município.

JALES E SILVANE

ACIMA, OS IRMÃOS LUCAS EDUARDO E JOÃO GABRIEL

IRMÃOS NETO E ANSELMO, TENDO O PAI NIVALDO AO CENTRO

ACIMA, OS IRMÃOS CHEVIN, KEIRAN E LUIZINHO

IRMÃOS: ISAÍAS E RONALDO GÁS

ESCOLINHAS DE FUTEBOL E OS CRAQUES DO FUTURO…

Neste capítulo, abrimos espaço para falar da importância das escolinhas de futebol em Vianópolis, assim como em todo o mundo.

O futebol é, de longe, o esporte que desperta maior interesse por parte das crianças e jovens.

Hoje, mais do que nunca, aumentou o número de crianças e jovens que praticam o esporte bretão nos campos espalhados por aí.

Em Vianópolis, nos últimos anos, o surgimento das escolinhas de futebol fez com que mais crianças e jovens tivessem oportunidade de mostrar suas habilidades, sua técnica, assim como sua capacidade física.

Antigamente, os campos de terra eram os celeiros de craques. Atualmente, esse papel é desenvolvido pelas escolinhas de futebol, que tem uma estrutura melhor e acompanhamento de profissionais com formação superior.

A Escolinha de Futebol amplia as oportunidades, porporciona mais qualidade de vida, eleva a auto-estima, e promove a integração, o intercâmbio e a confraternização entre os alunos quando da realização de jogos e torneios.

Além disso, crianças e jovens com práticas constantes de atividades físicas têm acentuada melhoria de habilidades motoras, redução de lesões, redução de condições para desenvolvimento de doenças crônicas futuras ligadas ao sedentarismo, melhoria da adaptação social e na expressão pessoal.

Em Vianópolis, com a implantação de diversas escolinhas de futebol, surgiram jogadores que hoje se destacam.

A seguir, fotos de equipes de escolinhas de futebol de Vianópolis de diversas épocas.

Com certeza, nestas fotos estão os craques do futuro, alguns com potencial e futebol para atuar em grandes equipes do futebol brasileiro. O tempo dirá.

É preciso destacar alguns nomes de pessoas envolvidas com escolinhas de futebol em Vianópolis, como por exemplo, Sandro Amorim (Merral), Professor Everson, Samuel Cotrim, Jhone César, Rafael Cotrim, Bia, além de outros, que destacaremos em breve.

OS JUÍZES E BANDEIRINHAS DO FUTEBOL VIANOPOLINO…

O árbitro, ou como queira, o juiz de futebol, tem a responsabilidade de fazer cumprir as regras, o regulamento e o espírito do jogo.

Além do árbitro principal, uma partida de futebol sempre contou com a presença de seus auxiliares, os chamados bandeirinhas, uma vez que tem como instrumento de trabalho, uma bandeira.

Juiz ou bandeira são figuras importantes em uma partida de futebol e em muitas oportunidades. Quando erram, são xingados pelos torcedores e até mesmo por dirigentes, mas tem papel de grande importância para o espetáculo de futebol.

E por não ser fácil apitar um jogo de futebol, poucos aceitam a missão de ser o árbitro em jogo amistoso.

Discussões à parte, escrevo, nas linhas seguintes, um pouco sobre os árbitros de futebol que atuaram ou atuam no futebol de Vianópolis.

Em Vianópolis, antigamente, o árbitro era escolhido com base em sua conduta na sociedade. Se fosse um homem sério e de personalidade forte, este servia para ser juiz de futebol, uma vez que não se deixaria se levar pelos atletas ou dirigentes.

O futebol de Vianópolis teve dezenas de árbitros, sendo que a maioria atuou também como bandeirinha ou auxiliar de linha.

Aparecido Viana, hoje aposentado de suas atividades de cartoriante, é um dos que apitaram muitos jogos em nossa cidade.

Aparecido Viana nos contou que em algumas partidas atuava como juiz da partida e treinador de uma das equipes. É que ele contava com o respeito e a confiança até mesmo de pessoas de outras cidades que vinham jogar em Vianópolis.

Os mais velhos lembram também de Edson Reis, Zé Perereca e Professor Murilo como árbitros de futebol em nossa cidade.

Além destes, Alberto de Jesus é também lembrado como um dos principais árbitros do futebol vianopolino, tendo apitado dezenas de partidas, muitas finais, e sempre se saáa bem, uma vez que era respeitado e sabia aplicar as regras do futebol durante uma partida.

Alberto de Jesus, hoje agrimensor em nossa cidade, quando residiu em Goiânia chegou a fazer curso de arbitragem, buscando melhoramento como árbitro de futebol.

Nos últimos anos, os secretários de esportes do município buscaram oferecer aos árbitros de Vianópolis cursos de arbitragem, buscando prepará-los melhor para um trabalho muito criticado e, às vezes, com pouco apoio e compreensão recebidos de atletas e dirigentes.

É sempre assim: o atacante pode errar um gol ou o goleiro tomar um frango, mas o árbitro não pode errar em um jogo de futebol. No entanto, como o erro é humano, vez por outra em Vianópolis ou em outro local, seja no Brasil ou em outros países, erros de arbitragem são registrados.

Cito a seguir nomes de árbitros e auxiliares que atuaram ou atuam em nosso futebol, dando uma contribuição importante para as partidas sejam realizadas: Cabo João, Alberto de Jesus, Antônio José, Manoel Xavier da Silva, Roberto Deleon, Luiz Queijo, Antônio Brasil, Gilberto Cavalcante, Samuel Cotrim, Valfrides Filho, Rafael Cotrim, Cleomar, Francisco de Assis Pereira Silva(Ticão), Rildo Batista, Ronaldo Gás, Rogério Parabólica, Isaías Saracura, Fabiano Pereira, Jhonne César, além de outros.

ACIMA, MANOEL XAVIER, CABO JOÃO E DELEON EM FOTO DE 1991

FABIANO PEREIRA,  SAUDOSO VALFRIDES (FRIDIM) E ISAÍAS

ACIMA, ROGÉRIO PARABÓLICA

ACIMA, OS IRMÃOS ISAÍAS E RONALDO GÁS

ACIMA, RAFAEL COTRIM, PAULO CORRÊA NETO E FABIANO PEREIRA DA SILVA

 OBSERVAÇÃO: QUEM TIVER FOTOS DE ÁRBITROS OU BANDEIRINHAS, FAVOR ENVIAR PARA NOSSA REPORTAGEM.

 

VIANÓPOLIS PERDEU DE 7 PARA SILVÂNIA NUM 7 DE SETEMBRO…

O fato que será narrado a seguir se deu no ano de 1950.

A rivalidade do futebol de Vianópolis e Silvânia é antiga e muito se conta sobre confrontos entre equipes vianopolinas e silvanienses. Brigas, juízes sendo agredidos, jogadores machucados e até torcedores encrenqueiros, ou seja, de tudo um pouco já aconteceu quando jogam equipes destas duas cidades da região da Estrada de Ferro.

Para os mais antigos, os confrontos eram marcados por provocações dos dois lados.

Os silvanienses diziam que iriam jogar ou jogaram contra o pessoal da “Rocinha”. Para não ficar para trás, os vianopolinos diziam que iriam jogar ou jogaram contra o pessoal da “Cabaça”.

No entanto, provocações à parte, Vianópolis e Silvânia já proporcionaram aos seus torcedores memoráveis e inesquecíveis jogos.

Na verdade, as duas equipes disputam verdadeiros clássicos, com placares apertados e jogos parelhos, exceto um jogo que aconteceu na década de 1950, quando o saudoso comerciante Euzébio de Oliveira, que residia onde hoje está instalado o Posto Vip, no Centro de Vianópolis, comandava o time de futebol de nossa cidade.

Aproveitando o feriado de 7 de setembro daquele ano, Euzébio de Oliveira levou sua equipe para jogar em Silvânia. Todos imaginavam que mais um jogo duro iria acontecer, devido à grande rivalidade entre equipes de Vianópolis e Silvânia.

Para tristeza dos vianopolinos, uma tragédia futebolística aconteceu na tarde do dia dedicado à comemoração da Independência do Brasil.

Como era de costume, os jogadores viajaram em um caminhão para jogar naquele feriado na cidade vizinha. Na viagem de ida, muita alegria e, claro, algazarras feitas por jogadores e torcedores vianopolinos.

Na volta, tristeza geral. A equipe de Silvânia venceu o jogo pelo placar de 7 a 0, humilhando o time comandado por Euzébio de Oliveira.

Após o vexame, Euzébio disse aos amigos que a partir daquela data, só marcaria jogos contra Silvânia nos primeiros dias do mês, pois, se perdesse, seria de pouco. Partida para o dia 7, jamais.

Essa passagem marca a história da rivalidade entre o futebol de Silvânia e Vianópolis, na certeza que existem outras não contadas.

A narração da goleada histórica de Silvânia sobre Vianópolis foi narrada por Juvenal de Oliveira Lopes, filho de Euzébio de Oliveira, que está em meu livro 1000 Figuras Vianopolinas, quando foi destacada a biografia de Euzébio, grande homem, comerciante, que no início do século 20, montou uma das primeiras padarias de Vianópolis.

Posteriormente, abriu a Casa Oliveira, lembrada por muitos, que durante muito tempo foi um dos principais pontos comerciais de Vianópolis, onde se vendiam tecidos, gêneros alimentícios e mercadorias diversas.

Como desportista, Euzébio de Oliveira era quem comprava bolas e uniformes para o time vianopolino, que ainda jogava no campo de terra batida existente nas proximidades onde hoje estão edificados os prédios da Escola Estadual Zenaide Campos Roriz e da Igreja Tabernáculo da Fé.

Pelo muito que fez pelo futebol de Vianópolis, Euzébio de Oliveira é um dos que entram na Seleção de Beneméritos do Futebol Vianopolino.

O TIME QUE FOI VENDIDO POR 150 CRUZEIROS

A história do futebol vianopolino é recheada de fatos pitorescos e, em um deles, um time foi vendido. Pelo menos é o que contou a este escritor um bom nordestino que residiu durante muito tempo em Vianópolis e que atualmente reside na cidade goiana de Claudinápolis.

Élio Pereira da Silva, conhecido em Vianópolis por Élio do Restaurante da Cida, contou-nos que no ano de 1987 foi fundada uma nova equipe de futebol em Vianópolis. O nome dado foi Nacional Futebol Clube.

Era um time modesto, mas com grandes aspirações dentro do futebol de Vianópolis, que tinha na época gigantes como Flores Juventude e Velho Barreiro, os papa-títulos da época.

O Nacional participou de diversas competições e obteve vitórias expressivas contra equipes de tradição do nosso futebol. Segundo conta Élio Pereira da Silva, durante sua curta existência, o time obteve a marca de 37 vitórias, 8 empates e 9 derrotas.

Num dos jogos disputados no Estádio Pé de Ouro, o Nacional abateu o Esmeril pelo placar de 8 a 1. Em outro jogo, venceu a forte equipe das Flores também por um placar elástico, 8 a 0.

No mesmo ano, o Esmeril devolveu a goleada imposta pelo Nacional e venceu um confronto disputado no Estádio Pé de Ouro pelo placar de 8 a 0.

Conta Élio, que depois de algum tempo, o time do Nacional foi vendido por Cz$ 150, 00 (cento e cinquenta cruzeiros), ao comerciante Elifaz, que era proprietário de um bar na Rua Felismino Viana, no chamado queijinho.

Élio não deu mais detalhes da negociação, mas, com certeza, foi o único time vendido em Vianópolis.

E foi vendido por um preço baixo, uma vez que na época o salário mínimo vigente no Brasil era de Cr$ 3.000,00 (três mil cruzeiros).

O Nacional Futebol Clube não conquistou nenhum campeonato municipal ou competição que mereça destaque, mas entrou para a história do futebol vianopolino como o primeiro time a ser vendido em nosso município.

Na foto acima, do time do Nacional, aparecem em pé, da esquerda para a direita: Jeová, Marcus, Alfredo, Piau, Élio, Garruchinha e Anísio.

Agachados, da esquerda para a direita, estão: Graia, Zezé, Lúcio Mineiro, Ronaldo, Toim da Estação e Inácio.

Na segunda foto, abaixo, a equipe do Vianópolis Esporte Clube, do ano de 1984, Élio está agachado, sendo o último à direita.

Na foto da equipe do Vianópolis aparecem em pé, da direita para a esquerda: Luiz Queijo, Capiru, Ronaldinho, Carlos e José.

Agachados, da esquerda para a direita estão: Edmilson, Joaquimzão, Albertão, Toim Buru e Élio.

EVERSON… EXCELÊNCIA COMO JOGADOR E PROFESSOR…

 

Ele tem uma vasta folha de serviços prestados ao esporte de Vianópolis, sobremaneira para o futebol.

Desde os tempos de garoto, está engajado de uma forma ou de outra na prática de esportes.

Jamais deixou de colaborar para que mais jovens praticassem esportes e tivessem uma vida mais saudável.

Quem o vê pelas ruas da cidade ou ainda jogando seu futebol entre os masters do município, está diante de um homem que serve de exemplo a jovens e adultos.

Everson José de Souza, de família tradicional de nosso município, é a figura que destacamos neste capítulo, pelo histórico de trabalho, dedicação e amor ao nosso esporte.

Depois de jogar futebol por diversas equipes de nosso futebol, Everson se tornou instrutor de exercícios físicos e passou a ser chamado de Professor Everson.

Um professor exigente e que em suas aulas de Educação Física procurava transmitir os benefícios dos exercícios físicos para o corpo e para a mente.

Hoje, aposentado, professor Everson trabalhou durante muitos anos e fez de cada aluno, um amigo.

É reverenciado por ex-alunos e seu nome é sempre citado como educador físico que deixou saudades.

Organizou campeonatos, colaborou com competições diversas em nossa cidade e deve ser sempre lembrado pelo muito que fez para engrandecimento do nosso esporte.

Na prática do futebol, o avante Everson fez história em nosso futebol integrando grandes equipes e seleções de Vianópolis e região.

No famoso time dos Marianinhos, Everson era um dos grandes craques na passagem das décadas 50/60.

Nos longos anos como professor de Educação Física, organizou competições esportivas e virou presença obrigatória na festa de aniversário de Vianópolis. No dia 19 de agosto de todo ano, Professor Everson está na Praça 19 de Agosto organizando as tradicionais brincadeiras no dia do aniversário de Vianópolis.

Hoje, curtindo sua merecida aposentadoria, Everson José de Souza divide seu tempo entre uma propriedade rural que tem na região dos Rio dos Bois e a família.

Por tudo que fez e que ainda fará por nosso futebol, Professor Everson merece um lugar de destaque na Seleção de Beneméritos do Futebol Vianopolino.

DA ESQUERDA PARA À DIREITA, EVERSON É O TERCEIRO QUE ESTÁ AGACHADO.

DA ESQUERDA PARA À DIREITA, EVERSON É O PRIMEIRO AGACHADO

DA ESQUERDA PARA À DIREITA, EVERSON É O ÚLTIMO AGACHADO

ELE MARCOU 3 GOLS CONTRA SILVÂNIA E NÃO PEDIU MÚSICA NO FANTÁSTICO…

O HOJE ADVOGADO ELSON GONÇALVES

O fato aconteceu há mais de 50 anos e marcou a vida de um garoto franzino, que depois se tornaria um craque também na advocacia, na arte de escrever e lecionar.

Passava-se o ano de 1962 e a equipe dos Marianos, famosa em nossa cidade, onde jogavam grandes craques, faria um jogo em Silvânia.

Foi marcado um jogo dos Marianinhos contra o forte Operário de Silvânia e o centroavante titular, Itamarzinho, não pôde viajar até à cidade vizinha.nNa ocasião, Armindo Alves de Melo, que comandou os Marianinhos por muitos anos, chamou o garoto Elson e lhe entregou a camisa titular da equipe.

Era a primeira vez que Elson iria envergar a camisa do time titular dos Marianinhos.

Claro, muita apreensão e vontade de se sair bem na partida.

Conforme o próprio Elson narra em seu livro História de Vianópolis, editado e publicado em 2000 pela Editora Elege, o primeiro tempo da partida entre Operário e os Marianinhos foi 0 a 0. No entanto, no segundo tempo, Elson se destacou e conseguiu marcar três gols e dar a vitória ao time vianopolino.

No primeiro gol, depois de uma linda jogada do elegante meiocampista Claro, tendo ainda a participação de Everson e Creuso, a bola sobra para Elson que, de pé direito, abria o placar e dava início à vitória dos Marianinhos.

O segundo gol, ele marcou de cabeça e, no terceiro, driblou até o goleiro adversário para decretar a vitória dos vianopolinos, em mais um capítulo da rivalidade entre o futebol de Vianópolis e Silvânia.

Elson foi o destaque do jogo e notícia na cidade durante a semana seguinte.

Como na época ainda não existia o programa Fantástico da Rede Globo de Televisão, infelizmente, Elson não pôde pedir música no Fantástico. No entanto, foi bajulado pelos amigos e até pela namorada da época.

Hoje, Elson Gonçalves de Oliveira é advogado atuante e muito querido em Vianópolis e São Miguel do Passa Quatro, onde reside.

Além de advogado, tem destacada atuação na comunidade católica e é escritor com diversos livros publicados.

Vianópolis deve muito a este advogado, professor, escritor e artilheiro que fez a alegria dos torcedores vianopolinos em muitas partidas de futebol.

Elson Gonçalves de Oliveira é um dos que entram na seleção de beneméritos do futebol vianopolino.

Elson é um dos que tem lugar garantido no Camarote Sagrado dos Imortais do Futebol Vianopolino.

O CRAQUE PÉ DE OURO… ESTÁDIO MUNICIPAL LEVA SEU NOME…

NA FOTO ACIMA, É UM JOGADOR NEGRO QUE ESTÁ  AO LADO DE ABNER MATTOS, EX-PREFEITO DE VIANÓPOLIS E DE TERNO BRANCO.

Se fôssemos escalar um time com 11 jogadores de todos os tempos do futebol vianopolino, primeiro seria incluído o nome deste monstro do nosso futebol e depois, os outros 10.

Estamos falando do saudoso craque Joaquim Vergílio Carneiro, mais conhecido por Pé de Ouro, que emprestou seu nome para o nosso estádio municipal.

Os mais velhos dizem que Pé de Ouro foi um atacante habilidoso e que dificilmente surgirá um jogador em nosso município como ele.

Para seu filho, João Vergílio Carneiro (Santim), que reside em Goiânia, seu pai foi um jogador que todo treinador queria ter em seu time e que todo torcedor gostaria que fizesse parte do elenco da que equipe que torce.

Habilidoso, rápido e de dribles desconcertantes, Pé de Ouro jogou por equipes de Vianópolis, Pires do Rio, Goiânia e de outras cidades do nosso Estado.

Quando garoto, os pais de Pé de Ouro mudaram-se para Vianópolis acompanhando a linha férrea procedente de Ipameri, onde a família residia.

Poucos anos depois, Joaquim Vergílio Carneiro foi trabalhar com a família Rassi, que possuía um armazém em Vianópolis.

Um de seus 14 filhos, João Vergílio Carneiro (Santin), conta que seu pai se encontrava com 17 anos de idade, quando a equipe do Flamengo do Rio de Janeiro, ao ficar sabendo da existência do fenômeno Pé de Ouro, quis levá-lo. Um emissário do time carioca esteve em Vianópolis, mas os patrões de Pé de Ouro não o deixaram ir jogar no Flamengo.

Este fato aconteceu em 1948, ano da emancipação da cidade de Vianópolis.

Ainda jovem, Pé de Ouro era chamado para jogar com os adultos e sempre se destacava. Seu primeiro time foi o Ferroviário, integrado, na maioria, por trabalhadores da Rede Ferroviária Federal.

O Ferroviário foi o primeiro time a ser constituído em nossa cidade, conforme relato no capítulo deste livro, Galeria dos Times Vianopolinos.

Depois do Ferroviário, surgiu então o Clube Atlético Vianópolis, onde Pé de Ouro jogou ao lado de outros grandes craques, tais como: Carrapatinho no gol, Paulista na zaga, Fiinho Gordo e Fiinho Magro, além de Fiotti, Salvador Preto e Elcin Viegas, tido também como um dos grandes craques do nosso futebol.

Depois, Pé de Ouro foi jogar pelo time da saudosa Charqueada, onde era a estrela da equipe, ao lado de grandes nomes do futebol vianopolino, como: Jacaré, Sebastião Cachangá, Roberto Amorim, Nando, Codorna, Odilon Preto e Detefon.

No início da década de 1950, Pé de Ouro mudou-se para Goiânia, a convite da Família Rassi.

Hoje, nove de seus 14 filhos com Maria Onofra Carneiro, também de saudosa memória, residem em Goiânia, sendo, estes: João Vergílio Carneiro (Santin), Olinda, Isaías, Eunice, Magda (Preta), Dagna, Joaquim, Neli e Dagmar.

Olair, um dos netos de Pé de Ouro, filho de Santin, tornou-se profissional na década de 1980, tendo atuado no período de 80 a 84 na equipe do Atlético Goianiense, sendo que posteriormente jogou por outros times do futebol brasileiro. Atualmente, Olair é corretor de imóveis e reside na cidade de Catalão.

Por tudo que representou para o futebol de Vianópolis, Pé de Ouro, além de dar nome ao principal estádio de nossa cidade, é o camisa 10 da Seleção Vianopolina de todos os tempos.

A PRIMEIRA MULHER DE VIANÓPOLIS A JOGAR NA SELEÇÃO BRASILEIRA

Apesar de pouco difundido e não muito praticado em Vianópolis, o futebol vianopolino revelou uma jovem atleta que conseguiu chegar à Seleção Brasileira de Futebol Feminino, na categoria sub-17. Seu nome é Vanessa Lorrany Vieira Machado, oriunda de uma família tradicional de nosso município, sendo filha da servidora pública Maria Helena Vieira dos Santos e do profissional liberal José Luiz Machado.

Tudo começou em 1996, quando a garota Vanessa Lorrany acompanhava seus irmãos que treinavam na Escola de Futebol mantida pela prefeitura municipal e despertou o olhar do treinador Samuel Cotrim, pela habilidade e talento que a garota, com seus 9 anos de idade, tinha com a bola.

Convidada pelo treinador a participar dos treinamentos com os meninos, Vanessa começou a se destacar, treinando em condições de igualdade com os atletas de sua idade.

Posteriormente, Vanessa passou a disputar vários campeonatos na região, sempre se destacando como melhor jogadora ou artilheira das competições, mesmo sendo os campeonatos de equipes de garotos.

Com os treinamentos e jogos, Vanessa se destacava e muitos previam que ela se tornaria uma jogadora de futebol pela habilidade e pela velocidade.

No início de 2013, o treinador Samuel Cotrim, da Escola de Futebol “Os Feras”, vendo o grande potencial da atleta, buscou no Estado de Goiás uma equipe feminina competitiva para que a atleta pudesse jogar com mulheres, foi quando descobriu a equipe do Aliança Futebol Clube, equipe amadora de futebol feminino que tem em seu comando o competente treinador Luís Cézar, que também constatou o grande potencial de Vanessa.

Ainda no início de 2013, a garota vianopolina disputou o campeonato goiano society, tornando-se a artilheira da competição.

Mas o grande passo para a convocação da atleta Vanessa para a Seleção Brasileira foi quando a CBF organizou uma série de seletivas por todo país para descobrir novos talentos do futebol feminino. Numa seletiva em Brasília, Vanessa foi aprovada.

Ainda em 2013, a Seleção Brasileira Sub-17 disputaria o Sul-americano da categoria, realizado no Paraguai, e foi quando a treinadora da seleção, Emily Lima, fez a convocação de Vanessa Lorrany.

Dessa maneira, Vanessa Lorrany, na época com 16 anos, foi a primeira pessoa do sexo feminino de Vianópolis a jogar em uma Seleção Brasileira de Futebol e marcar gols, destacando-se entre as demais convocadas.

Com as boas atuações pelo time brasileiro no Campeonato Sul-Americano de Futebol Feminino, Vanessa Lorrany voltou feliz a Vianópolis, onde foi alvo de homenagens de populares e autoridades.

Em novembro de 2014, a Câmara Municipal de Vianópolis concedeu à Vanessa Lorrany o título de Honra ao Mérito, por ter sido a primeira mulher de nosso município a integrar uma Seleção Brasileira de Futebol.

Em julho de 2015, Vanessa Lorrany foi convocada pela segunda vez para um selecionado nacional de futebol feminino. Na ocasião, ela foi convocada pelo treinador Doriva Bueno, da Seleção Brasileira Feminina Sub-20.

Vanessa, de estatura pequena, mas de um futebol que encanta, continua jogando futebol e, com certeza, tem tudo para chegar um a dia a outras conquistas.

Infelizmente, o futebol feminino não recebe no Brasil a mesma atenção que recebe o futebol masculino.

Com certeza, se o futebol feminino recebesse mais apoio de nossas autoridades federais, estaduais e municipais, outras garotas vianopolinas, a exemplo de Vanessa Lorrany, seriam reveladas.

SALVADOR FERNANDES – UM DOS GRANDES CRAQUES DO FUTEBOL VIANOPOLINO…

GAROTO VIANOPOLINO SALVADOR FERNANDES, VESTINDO A CAMISA DO BOTAFOGO NO MAJESTOSO E LOTADO MARACANÃ.

José Salvador Fernandes foi um dos grandes craques do futebol vianopolino em décadas passadas e foi o primeiro de nossa terra a atravessar mares e jogar no exterior.

A história do futebol de Vianópolis não se resume só aos campos de terra batida de épocas passadas ou do atual e bonito gramado do Estádio Pé de Ouro.

A história inclui passagens no exterior, ou seja, além mares.

Criados nos campinhos de Vianópolis ou mesmo no tapete verde do estádio municipal, muitos jogadores de nossa cidade tiveram a oportunidade de embarcar num avião, viajar horas e mais horas e desembarcar em outro país para jogar futebol.

O primeiro deles, acabou fixando residência nos Estados Unidos.

A ida dele para a América foi por intermédio do futebol. No entanto, uma contusão o impediu de jogar em um time americano e se consagrar, uma vez que futebol para isso sempre teve.

Salvador Fernandes foi o primeiro jogador de Vianópolis a ir tentar a vida no futebol de outro país.

Na década de 1970, depois de jogar nas equipes de base do Botafogo e Santos, Salvador assinou contrato com o Diplomatas, dos Estados Unidos. No entanto, uma contusão abreviou sua carreira no futebol.

Logo depois de Salvador, outro grande craque do nosso futebol foi tentar a vida no futebol do Japão e se deu bem.

Carlos Alberto Santos, que em breve escreveremos ao seu respeito, foi outro vianopolino que também jogou no exterior.

Salvador fez parte, por muito tempo, da equipe do Vianópolis Esporte Clube.

O Vianópolis Esporte Clube, fundado pelo saudoso Sóstenes de Souza, fez memoráveis jogos e teve em suas diversas fases, grandes craques, na verdadeira acepção da palavra.

Vestiram o uniforme do Vianópolis atletas que depois foram jogar em clubes do futebol brasileiro e até mesmo do exterior.

Os mais velhos se lembram de jogos inesquecíveis realizados no campo de terra batido, em uma área onde hoje estão residências e a Creche Municipal Nossa Senhora da Medalha Milagrosa.

No sempre lembrado campo, os vianopolinos já assistiram jogos entre o famoso Vianópolis E.C. e mistos do Goiás e Vila Nova, assim como de equipes de cidades da nossa região que, dificilmente conseguiam ganhar da equipe dirigida por Sóstenes.

Aliás, Sóstenes foi um dos grandes homens do futebol vianopolino. Homem de fala mansa e muito inteligente, Sóstenes sabia comandar, ser respeitado e conhecia muito de futebol. São opiniões ouvidas de ex-jogadores que trabalharam com ele e que o exaltam pelo belo trabalho feito em prol do nosso futebol.

Neste time de muitos craques, está Salvador, O garoto loiro agachado e que chegou a jogar nos juvenis do Botafogo e Santos, assim como nos Estados Unidos.

Na foto de 1976, da esquerda para à direita, estão: Arnaldo Mattos, Nilson Guimarães, Dircin, Ditim Chagas, Jarim e Nelson Bicudo.

Agachados estão: Salvador, Zezinho, Everson, Luiz Carrijo e Jairim (Manfra).

SALVADOR FERNANDES, QUANDO ESTEVE NA CHINA ENSINANDO FUTEBOL PARA GAROTOS DAQUELE PAÍS.

                                        EQUIPES DO FUTEBOL VIANOPOLINO…

 Na foto abaixo, está a equipe das Flores do ano de 1.980.

Em pé, da esquerda para à direita, estão: Benildo, Nino, Elandio, Vilmar e Gilmar.

Agachados, da esquerda para à direita, estão: Edmilson, Zalo, Clarismar, Antônio Fernandes, Zezim Burrego e Aroldo Leão.

EQUIPE DAS FLORES (1980) – EQUIPE DE MUITAS CONQUISTAS NO FUTEBOL VIANOPOLINO.

Na foto abaixo,  estão jogadores do Clube Atlético Vianópolis, dentre eles, Pé de Ouro, Paulista, Carrapatinho e também alguns torcedores, quando de um amistoso na década de 1945, em Vianópolis, contra uma equipe de Luziânia, que venceu por 1 a 0.

Jogo realizado em um campo onde hoje está edificada a Escola Zenaide Campos Roriz.

Pé de Ouro, um negro de estatura baixa, está à direita de Abner Mattos, de terno branco e óculos escuros, viria a ser prefeito de Vianópolis.

CLUBE ATLÉTICO VIANÓPOLIS – ANO DE 1945 (DE TERNO BRANCO, AO CENTRO, ESTÁ O SAUDOSO EX-PREFEITO ABNER MATTOS)

Dados levantados por nós dão conta de que o primeiro time de futebol de Vianópolis foi batizado com o nome de Ferroviário (FOTO ABAIXO), que teria sido criado no início da década de 1940. A escolha deste nome se deu pois grande parte de seus integrantes era formada por trabalhadores na Rede Ferroviária Federal e também por jovens de famílias de Vianópolis.

O uniforme da equipe tinha camisas brancas com golas de cor preta, meias brancas e gorros, que os jogadores usavam em suas cabeças, listrados de preto e branco.

Os jogos eram disputados em campo de terra batida, que ficava nas proximidades de onde hoje estão edificados os prédios da Escola Estadual Zenaide Campos Roriz e da Igreja Tabernáculo da Fé.

A equipe do Ferroviário realizava partidas contra equipes de Pires do Rio, Orizona, Ipameri e de outras cidades da nossa região.

Muitos jogos foram realizados contra equipes formados por ferroviários de cidades da região da Estrada de Ferro.

FERROVIÁRIO – EQUIPE VIANOPOLINA NA DÉCADA DE 1940 (UM DOS PRIMEIROS TIMES)

Abaixo, uma foto de uma equipe de futebol da localidade de Caraíba.

Os jogadores, sem as camisas da equipe, aparecem ao lado da imagem de uma santa, sendo que o treinador está elegantemente vestido de terno.

Os atletas ainda usavam gorros em suas cabeças, como mostra a foto.

Infelizmente, não foi possível identificar todos os onze jogadores que estão na foto. No entanto, o segundo agachado, da direita para à esquerda, atrás do goleiro que está deitado, é Otaviano Galdino, pai do comunicador Marivan Roberto.

Otaviano Galdino, de saudosa memória, era um dos integrantes da equipe da localidade de Caraíba na foto que destacamos neste quadro.

ACIMA, EQUIPE DA LOCALIDADE DE CARAÍBA

ACIMA, FAMOSA EQUIPE DOS MARIANINHOS.

Vianópolis já teve, em sua história, equipes que viveram fases de muitas vitórias e títulos.

Equipes onde jogaram grandes craques e que ajudaram a escrever a bela história de nosso futebol.

Nos primórdios do nosso futebol, o Ferroviário foi um time de muitos craques e relatado como um grande time.

Após a existência do Ferroviário, vieram equipes como Charqueada e Vianópolis Esporte Clube.

Charqueada, que na década de 1950, tinha jogadores de renome, como Roberto Amorim, Nando, Codorna, Jacaré, Sebastião Cachangá, Zé Doido, Filinho Gordo, Filinho Magro, Bedenário, Detefom, Pé de Ouro e outros.

Charqueada e Vianópolis fizeram jogos inesquecíveis, revelaram grandes jogadores para o futebol vianopolino e regional.

No entanto, uma equipe ficou marcada com uma história diferente dentro do nosso futebol.

No final da década de 1959, jovens que faziam parte da Igreja Católica de Vianópolis resolveram, incentivados pelo Padre Alberto, criaram uma equipe de futebol.

A equipe integrada pelos coroinhas locais foi denominada “Os Marianinhos”, que se tornou, posteriormente, um dos grandes times do futebol local.

O primeiro presidente dos Coroinhas, segundo relata o escritor Elson Gonçalves de Oliveira em seu livro História de Vianópolis, foi Deuslírio Carrijo. O time também teve como primeiro presidente Paulo Sanches de Melo.

Alguns dos nomes, além de Paulo Sanches, que integravam os Marianinhos:  Deuslírio Carrijo, Luiz Carlos Caixeta, Antônio Roxo, Valdemar de Melo, Nilson Moreira, Maurílio Francisco de Souza, Zé Padre, Antônio Padre, Claro, Leomar, Salvador Fernandes, Zé Perereca, Nelson Bicudo, Chico Baio, Dircin, Jairim ,Nilson Guimarães, Arnaldo Mattos,  Gerson Bastos, Antônio Periquito e outros, jogadores de outras cidades passaram a integrar o esquadrão vianopolino.

Na foto acima, uma equipe de futebol de salão de Vianópolis.

Da esquerda para à direita, Sebastião Caixeta, José Barreto e Salvador Fernandes. Agachados, da esquerda para à direita, Everson, Adrião e Junair.